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Mortes ligadas ao futebol já são 43 desde o início do ano


O país que receberá a Copa do Mundo daqui a menos de dois anos sangra fora de campo. Já são 43 mortes ligadas ao futebol nesta temporada, sendo a maioria por rixa entre facções organizadas. O ranking da intolerância em 2012 é o seguinte: Ceará (11), Goiás (9), Paraná (4), São Paulo (4), Sergipe (3), Pernambuco (3), Alagoas (3), Rio (3), Pará (2) e Minas Gerais (1).

Da primeira, registrada logo no primeiro dia do ano, em Goiânia, passando por casos em São Paulo e Rio com superexposição na mídia, até chegar à última vítima, que perdeu a vida na última quarta-feira em Fortaleza, dezenas de famílias choraram este ano por conta da brutalidade envolvendo o futebol.

Esse número repugnante se torna ainda mais impressionante ao lembrar o total de mortes desde 1988, quando se tem registro da primeira vítima – palmeirense Cléo, ex-presidente da Mancha Verde. O levantamento do LANCE!, que foi divulgado no último mês de abril com 155, agora, já aponta 191 pessoas que morreram pela violência com futebol. A imensa maioria relacionada à rixa entre as facções uniformizadas, por todo o país.


Um problema que é nacional, mas não vem sendo tratado pelo Governo Federal dessa maneira. Cidades como Goiânia e Fortaleza, que registraram o maior número de vítimas devido às rivalidades locais, sofrem com essa violência descabida, mas a repercussão é apenas regional, com jornais, rádios e TVs locais alardeando essa epidemia – último foi Thiago Sousa de Moraes, o ‘Thiaguinho’, de 30 anos, torcedor do Ceará, foi executado a tiros na sede da facção Cearamor no bairro Porangabuçu. Segundo à polícia, ele recebeu 11 tiros de pistola, a maioria nas costas.

A polícia, que nem sempre consegue encontrar culpados, prefere muitas vezes tentar desvincular as mortes às facções uniformizadas, jogando a culpa para o tráfico de drogas e/ou crimes relacionados a acertos de contas de bandidos. Algo que a rotina da maioria dos assinados não deixa qualquer dúvida.

O problema é nacional, mas as autoridades não parecem cientes!

ALGUNS CASOS EMBLEMÁTICOS DE 2012

1º de janeiro
Vilanovense Henrique Pereira Soares, 18 anos. Mais uma rixa entre as facções Sangue Colorado e Força Jovem.

25 de março
André Alves Lezo, 21 anos, e Guilherme Vinícius Jovanelli Moreira, o Zulu, de 19 anos. Palmeirenses perderam a vida depois de um embate com corintianos.

1º de julho
Diego Henrique Raab Gonciero, de 16 anos, torcedor do Paraná. Integrante da torcida organizada Fúria Independente foi morto em frente à sede da torcida.

16 de setembro
Francisco Ferreira de Sousa, de 32 anos. Torcedor do Ceará, foi torcer contra o rival com a camisa do Paysandu e, do lado de fora do PV, foi assassinado.

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