Uma partida para já ser o cartão de visitas desta Liga dos Campeões. Principalmente o segundo tempo, quando aconteceram quatro gols em apenas 15 minutos, e o Real Madrid conseguiu derrotar o Manchester City de virada dentro de casa na estreia do Grupo D, nesta terça-feira. Depois de um primeiro tempo em que os merengues jogaram praticamente sozinhos e viram os rivais saírem na frente na etapa final, Cristiano Ronaldo acabou saindo como o herói após fazer o gol derradeiro nos momentos finais.
Os dois treinadores levaram a campo escalações defensivas a campo. José Mourinho já tinha adiantado que iria priorizar homens de confiança, mesmo que isso custasse qualidade técnica. E Roberto Mancini pode ter pensado mais em cautela mesmo. Como resultado, foram seis volantes no total em campo. Pelo lado merengue, estavam jogando Khedira, Xabi Alonso e Essien. Pelos Citizens, Barry, Javi García e Touré.
PRIMEIRO TEMPO
Na etapa inicial, o domínio foi total do Real Madrid. Foram 16 finalizações, contra apenas uma do City, e 59% de posse de bola da equipe de casa. O problema é que a maioria dos lances surgiam de lançamentos, cruzamentos ou jogadas individuais. Faltava aquele lance mais agudo, um passe mais precisa. Enfim, uma cabeça mais pensante no meio-campo.
Mourinho optou em deixar no banco de reservas jogadores como Özil, Modric e Kaká. O jogador mais avançado no meio foi Khedira, que de tanto avançar, deixou de ser elemento surpresa em 20 minutos.
Ronaldo até tentou centralizar um pouco para organizar, e em várias vezes foi perigoso. Em duas oportunidades fez Hart trabalhar. Na primeira vez após driblar Kompany, e na segunda deixando Maicon confuso. Nesta, a bola ainda desviou em Higuaín.
Depois uma jogada em lançamento de Di María, que Higuaín tirou Hart, que fez grande etapa inicial, mas perdeu ângulo. Tocou para o português, que deu um chapéu no defensor, e quase finalizou bem.
O City não conseguia atacar. Os contra-ataques não entravam, e o meio-campo era pesado. A única vez que subiu, foi através de Yaya Touré, que levou o time, que tinha mais liberdade pelas presenças de Barry e Javi García, que ficavam mais plantados. Na única chance, ele passou para Silva, que cortou para o meio e chutou, mas a bola sequer entrou na área. Nasri e Tevez foram dois jogadores muito apagados. E no banco, eram poucas opções criativas. O francês ainda se machucou, e teve que entrar Kolarov. As alternativas de Mancini para a frente eram Dzeko e Agüero.
SEGUNDO TEMPO
A etapa final começou com uma chance desperdiçada para cada lado, e com o mesmo jeito que a inicial. Di María arriscou de longe, foi para fora, e o City tentou um contra-ataque através de Touré, que foi desperdiçado por Kolarov.
Mas o papo de Mancini parece ter surtido efeito nos minutos iniciais. O marfinense se soltou um pouco mais e o City conseguiu frequentar um pouco mais o campo de ataque e a ter a posse de bola. Mas contava com David Silva pouco inspirado, mesmo com seu novo contrato milionário, e o técnico italiano resolveu colocar Dzeko no lugar do espanhol. E uma cena bacana. O jogador saiu ovacionado pela plateia do Santiago Bernabéu. O jogador foi fundamental para a conquista da Eurocopa neste ano, e foi reconhecido em seu país.
Mourinho respondeu e colocou Özil no lugar de Essien. Na teoria, daria mais criatividade ao meio-campo do Real. Mas foi a jogada de Mancini que deu certo. Apenas na quinta finalização do clube inglês, veio o gol.
O bósnio ficou como referência na frente, e Tevez veio mais para trás, e foi assim que saiu o gol. O contra-ataque saiu em jogada do argentino com Yaya Touré arrancando, Dzeko acompanhou e ficou livre na frente de Casillas, recebeu, e chutou com tranquilidade.
E então os dois treinadores voltaram a mexer e o jogo ficou nervoso como ainda não tinha ficado. Mourinho botou Modric e Benzema, e Mancini tirou Maicon para colocar Zabaleta. Mas foi com uma insistência que veio o gol do Real: chute de fora da área de Marcelo.
Ele e Di María tentaram isso o jogo todo. Em uma tentativa, o brasileiro conseguiu. Cortou para o meio, e arriscou de direita. A bola ainda desviou em Javi García antes de entrar. Bonito gol do Real.
Nos últimos cinco minutos, muita tensão no Bernabéu. Kolarov cobrou uma falta cheia de veneno, Xabi Alonso não chegou a desviar, mas enganou Casillas, e a bola entrou.
Nem deu tempo para comemorar. Benzema recebeu de Di María na entrada da área, girou, e chutou. Hart se esticou todo e não conseguiu chegar na bola. Empate para o Real. Um pouco depois, um gol que pode significar bem mais que a vitória, mas a volta da alegria de Cristiano Ronaldo e a redenção na temporada.
Cristiano Ronaldo deu belo drible em Zabaleta, e chutou bem. Hart aceitou e entrou. Uma grande vitória em um belo segundo tempo.
BORUSSIA DORTMUND X AJAX
Na outra partida, o Borussia Dortmund conseguiu a vitória em casa em cima do Ajax. Hümmels perdeu um pênalti, mas Lewandowski fez o gol da vitória por 1 a 0.
FICHA TÉCNICA
REAL MADRID 3X2 MANCHESTER CITY
REAL MADRID 3X2 MANCHESTER CITY
Local: Santiago Bernabéu, Madri (ESP)
Data-Hora: 18/09/2012, às 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Damir Skomina (ESL)
Cartões amarelos: Javi García (MCT), Kompany (25'/2ºT)
Gols: Dzeko (24'/2ºT), Marcelo (31'/2ºT), Kolarov (41'/2ºT), Benzema (42'/2ºT), Cristiano Ronaldo (45'/2ºT)
Data-Hora: 18/09/2012, às 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Damir Skomina (ESL)
Cartões amarelos: Javi García (MCT), Kompany (25'/2ºT)
Gols: Dzeko (24'/2ºT), Marcelo (31'/2ºT), Kolarov (41'/2ºT), Benzema (42'/2ºT), Cristiano Ronaldo (45'/2ºT)
REAL MADRID: Casillas, Arbeloa, Varane, Pepe e Marcelo; Khedira (Modric, 28'/2ºT), Xabi Alonso e Essien (Özil, 19'/2ºT); Di María, Cristiano Ronaldo e Higuaín (Benzema, 28'/2ºT). Técnico: José Mourinho
MANCHESTER CITY: Hart, Maicon (Zabaleta, 28'/2ºT), Kompany, Nastasic e Clichy; Javi García, Barry, Yaya Touré e Nasri (Kolarov, 35'/1ºT), David Silva (Dzeko, 17'/2ºT), Tevez. Técnico: Roberto Mancini
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