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Palmeiras joga com alma e vence o Figueirense


Não é só o técnico que é novo. O ânimo, a determinação e a vontade também. Retomando características míticas, que abraçam o clube desde a sua origem, o Palmeiras conseguiu retomar o caminho das vitórias ao bater neste sábado, fora de casa, o Figueirense, por 3 a 1 e subiu para a 18ª posição no Brasileiro. E, com um show do ídolo recente da equipe: Marcos Assunção. Já o Figueirense, que abusou dos erros individuais, principalmente do goleiro Wilson, com a derrota, foi ultrapassado pelo próprio adversário e agora ostenta a vice-lanterna.

No jogo que pode representar o recomeço do Verdão no torneio nacional, como a 'Arrancada Heroica' de 70 anos atrás, Gilson Kleina fez questão de recuperar os atletas até então renegados. Maikon Leite e Márcio Araújo foram reimplantados ao time e largaram de titular. Trajado para a decisão, o Alviverde, diferentemente de jogos anteriores, veio para o jogo com o meião da cor branca, que somente é utilizado em jogos históricos e de conquistas, algo que, tomadas as devidas proporções, pode ser encaixado nesse sentido.

O Figueirense, dono da casa, veio com a escalação corriqueira. Caio e Aloísio tinham a missão de bombardear a defesa rival, contudo, foram surpreendidos. Com um time mais ofensivo e compactado, o Palmeiras tocou a bola com mais rapidez e agredia intensamente o rival. Alternando infiltrações e viradas de jogo, o clube paulista conseguiu marcar. Dos pés do jogador que trás a esperança à torcida, Marcos Assunção, o nome do jogo, cruzou para Thiago Heleno abrir o placar.

Caprichosamente, a bola passou por entre as pernas de Wilson, que saiu 'caçando borboletas'. Três minutos depois, em outra bola alçada de Assunção, Wilson novamente sai mal debaixo das traves e Henrique e amplia o marcador. No ritmo de parte de seu hino em que diz 'defesa que ninguém passa', os beques entornaram a alma do 'brilha atacante de raça'.


Atordoado, o Figueirense colocou a bola no chão e começou a trocar passes. Incisivo, Botti quase marcou o seu, mas o chute saiu por cima das trave. O clube de Florianópolis seguiu com boa ligação, chegando com perigo, mas os chutes iam sem direção. Em uma oportunidade, Elsinho acertou o travessão, mas no rebote, ninguém apareceu para completar.

Na metada do primeiro tempo em diante a partida ficou mais dura e faltosa. Aos 21 minutos, o lance emblemático do jogo. Em uma falta na intermediária, Valdivia, muito impedido, começou a pular para a esquerda e direita perto da marca do pênalti. Marcos Assunção, na sua especialidade, bateu alto e a bola tomou o rumo das redes. O auxiliar marcou gol, os atletas foram comemorar, mas o juiz Wilson Pereira Sampaio anulou o gol. Assunção ficou revoltado, perguntou ao assistente o que houve, e foi alertado que o árbitro foi quem marcou a irregularidade.

Na etapa final, a batalha manteve todas as suas características. Figueirense foi todo ao ataque, ao passo que o Palmeiras buscava a brecha para sacramentar a vitória. Aloísio, oportunista, aproveitou o rebote de Bruno para diminuir para o clube de Florianópolis. Incorporando a alma do mítico goleiro Marcos, que estava assistindo ao jogo direto do Orlando Scarpelli, Bruno nada pôde fazer.

Até Barcos, que retornou da seleção argentina, entrou no embalo do recomeço. Para dar nova cara ao time, Barcos até raspou o seu bigode e comandou o setor ofensivo da equipe. Suprindo algumas lacunas no meio, o gringo buscava o jogo mais atrás. Mas, era noite de Marcos Assunção ser heroi. Wilson, pela terceira vez, sai estabanado do gol, divide com atacante do Palmeiras e a bola sobra livre para Assunção empurrar. Dessa vez, ele soltou o grito que estava preso na garganta dos torcedores.

A partida manteve o nível de drama e intensidade habituais de uma decisão. Mesmo em seu domínio, a voz entoante era a de palmeirense. Menos incentivados, mas com grama à flor da pele, o Alvinegro buscou virar o placar. Com o meio e as laterais bloqueados, a alternativa era a de chutes de longa de distância. Julio Cesar quase deixou o seu, mas a sorte estava mesmo de outro lado.

Comemorando os 70 anos da 'Arrancada Heroica', a alma deve ter sido angariada e retornada. No fatídíco momento, o Verdão conseguiu uma sequência de vitórias, algo que, se retornado, pode tirar o clube do segundo rebaixamento da história.

Na próxima rodada, o Figueirense visita o Vasco, em São Januário, no sábado, às 18h30. Já o Palmeiras encara o ex-time de Gilson Kleina, a Ponte Preta, no mesmo dia, só que às 21h.

FICHA TÉCNICA
FIGUEIRENSE 1X3 PALMEIRAS

Local: Orlando Scarpelli, Florianópolis (SC)
Data/hora: 22/9/2012 - 18h30
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (aspirante Fifa-GO)
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Wagner de Almeida Santos (RJ)
Renda/Público: 
R$ 217.595,00 / 10.724 pagantes
Cartões AmarelosHélder, Elsinho, Claudinei e João Paulo (FIG); Valdivia, Maurício Ramos, Barcos, Juninho e Maikon Leite (PAL)
GOLS: Thiago Heleno, aos 8'/1ºT (0-1); Henrique, aos 10'/1ºT (0-2); Aloísio, aos 19'/2ºT (1-2) e Marcos Assunção, aos 22'/2ºT (1-3);

FIGUEIRENSE: Wilson; Elsinho, João Paulo, Edson (Guilherme Lazaroni - 47'/2ºT) e Hélder; Túlio (Júlio César - Intervalo), Jackson, Claudinei e Botti (Deretti - 35'/2ºT); Aloísio e Caio. Técnico: Márcio Goiano

PALMEIRAS: Bruno; Corrêa (João Denoni - 30'/1ºT), Maurício Ramos, Thiago Heleno e Juninho; Henrique, Marcos Assunção, Márcio Araújo e Valdivia (Tiago Real - 9'/2ºT); Maikon Leite (Mazinho - 36'/2ºT) e Barcos. Técnico: Gilson Kleina.


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